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Comentarista demitido da GloboNews sofre ataques: “Faz o L, manda currículo para o PSOL”

Das três recentes demissões do elenco principal da GloboNews, Mauro Paulino era o mais discreto, menos incisivo contra a extrema direita e o bolsonarismo e aquele com menos tempo de exposição no vídeo do canal.

Mesmo assim, ele acabou sendo tão hostilizado quanto as colegas Eliane Cantanhêde e Daniela Lima. O comentarista especializado em análise de pesquisas teve o perfil do Instagram inundado por mensagens sarcásticas.

Algumas: “mais um lacrador demitido”, “bem-vindo à estatística do desemprego”, “o pix do governo não está mais caindo na rede esgoto?”, “tomou onde o sol não brilha”, “vai comer seu capim em casa agora”, “faz o L”, “manda seu CV para o PSOL”, “se phodeu”, “can-ce-la-do”.

Outras manifestações: “como é bom ver um esquerdista ser demitido”, “Magnitsky com sucesso”, “força guerreiro, estamos todos contra você”, “se chorar manda um áudio para o Lula”, “chutado, toma imbecil”, “faz uma análise de procura de emprego no jornal… faxineiro, zelador, porteiro, caseiro”, “tchau queride amigue”.

O comentarista Mauro Paulino foi desligado após três anos na GloboNews
Foto: Reprodução/TV
Admiração dos colegas

Mauro Paulino trabalhou 35 anos no Datafolha, onde chegou a ser diretor, antes de estrear na GloboNews em junho de 2022.

Foi contratado após fazer participações recorrentes na emissora para interpretar pesquisas de intenção de votos e de avaliação de governos e governantes.

Sua principal atuação era no ‘Jornal das Dez’, comandado por Aline Midlej, e no sazonal ‘Central das Eleições’. Conquistou o respeito dos colegas de TV, de quem recebia elogios diante das câmeras.

Afastamento e perda de espaço

No segundo semestre de 2024, Mauro Paulino se afastou da GloboNews devido a um problema de saúde. Retornou em fevereiro deste ano.

Neste período longe dos estúdios, sua função de destrinchar os dados das pesquisas foi em parte ocupada pelo cientista político Felipe Nunes, CEO do Instituto Quaest, que realiza levantamentos encomendados pelo Grupo Globo.

Ofuscado, o comentarista foi dispensado sem se despedir no ar.

Suposta vítima do ‘woke’

Alguns jornalistas, como Ricardo Feltrin, que possui canal próprio no YouTube, divulgaram a versão de que Mauro Paulino teria sido desligado em razão da agenda politicamente correta da Globo.

Para não suscitar a impressão de machismo e misoginia ao dispensar de uma vez duas jornalistas muito conhecidas (Eliane Cantanhêde e Daniela Lima), a empresa teria decidido incluir um homem no ‘pacote’ de demitidos. Mera questão de gênero.

A coluna não conseguiu confirmar essa suposição ao conversar com alguns jornalistas da GloboNews. O espaço está aberto a todos os citados.

Por Jeff Benício

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