O município de Várzea Grande está em estado de calamidade pública diante da crise e escassez no abastecimento de água potável, agravada pelo período prolongado de estiagem que atinge toda a região. O decreto foi publicado nesta terça-feira (21), e tem duração de até 180 dias, podendo ser prorrogado conforme relatório técnico e avaliação do Comitê de Gestão de Calamidade Pública.
Conforme o documento, o principal objetivo é agilizar a adoção de medidas emergenciais que garantam o fornecimento mínimo e regular de água à população, especialmente nos bairros mais afetados pela falta do recurso. O decreto cita que a decisão foi tomada diante da redução drástica na captação de água e da necessidade urgente de manutenção e modernização das redes de abastecimento, muitas delas antigas e sobrecarregadas.
Entre as restrições impostas pelo decreto estão o enchimento de piscinas, lavagem de fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com uso de mangueiras.
De acordo com o presidente do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG), Coronel Zilmar Dias, o decreto permitirá que a autarquia aja com mais eficácia diante da situação.
“O estado de calamidade não significa descuido, muito menos abandono. Pelo contrário: é uma ferramenta que nos dá condições de atuar com mais rapidez, buscando soluções emergenciais para garantir que a população continue sendo atendida”, destacou o coronel Zilmar Dias.
Entre os principais desafios enfrentados está a situação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Cristo Rei, localizada na Avenida 31 de Março, uma das unidades mais importantes do município. A ETA passa por constantes manutenções nos filtros de tratamento, que apresentam sensibilidade à turbidez da água captada, o que interfere diretamente na produção e distribuição.
Além disso, a falta de interligação entre as ETAs de Várzea Grande dificulta o remanejamento de água tratada entre regiões, o que torna ainda mais complexa a gestão do sistema durante o período de estiagem.
Por Fred Moraes




