Mesmo depois de participar do programa ‘Domingão com Huck’, da TV Globo, e viver um dos episódios mais inusitados de salvamento nos últimos tempos em Mato Grosso, o caminhoneiro Daniel Francisco Sales, de 66 anos, que sobreviveu à queda no precipício do Portão do Inferno, na MT-251, ainda passa por dificuldades e tem sobrevivido de doações de vizinhos. Em razão da sequela causada pela fratura exposta no pé direito durante o acidente, ele está impossibilitado de trabalhar. Para piorar a situação, Daniel não conseguiu se aposentar pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e nem mesmo tem recebido auxílio por parte da empresa para a qual trabalhava quando caiu com o caminhão.
Doações em qualquer valor podem ser feitas para Daniel Sales via PIX na chave (65) 9 9250-5075, ou diretamente na sua residência, que fica no bairro Joaquim Augustinho Curvo, em Várzea Grande.
“Eu moro sozinho, não tenho renda nenhuma, nem para pagar minha luz, minha água. Está dificil! A comida, meu vizinhos me ajudam, me dão um pouquinho daqui outro pouquinho ali. Preciso de tudo”, contou.
Daniel Salles não tem filhos e a esposa com quem convivia faleceu em novembro do ano passado, segundo informou. Além disse, seu processo de aposentaria, segundo ele, está parado no INSS, mesmo após seu advogado ter tentado solicitar agilidade no procedimento. Contudo, até hoje, não teve resposta. Daniel também não recebe nenhum auxílio da empresa para a qual transportava garrafões de água na ocasiã da queda.
O acidente ocorreu no mês de maio de 2022. Ele ficou até o dia 15 de agosto no Hospital Municipal Municipal de Cuiabá (HMC), quando recebeu alta médica. Desde então, Daniel Sales contou que não tem feito em nada, por razão das consequências que teve com a fratura no pé.
Sales passou por seis procedimentos cirúrgicos, sendo quatro cirurgias ortopédicas. Até então, a amputação do membro não era necessária. Contudo, depois de alguns retornos médicos para acompanhemento por meio do Sistema Único de Saúde, Daniel ifnormou que, agora, o novo médico sugeriu que ele fizesse a amputação do pé em que teve o ferimento. Porém, recusou-se.
“Meu pé perdeu quase todo osso, ficou um pé mole. Tento andar, mas é só pisando com o calcanhar. Não aguento andar de jeito nenhum. Cada vez que vou no médico, faço consulta, mandam eu voltar e quando volto já é outro médico e já manda fazer outra coisa. Último que fui queria cortar meu pé. Falei: ‘larga mão’. Eu ficaria pior! Se cortasse, onde que eu iria conseguir dinheiro para colocar uma prótese? Eu não tenho”, contou. Sales não soube dizer se houve uma nova infecção no pé para que o médico sugerisse a amputação do membro.
Passados dois anos, Daniel Sales avalia sua sobrevivência no acidente, que ganhou repercussão nacional, como “milagre de Deus” e disse que deseja forças para voltar a trabalhar e ter seu próprio sustento.
“Foi um milagre de Deus eu estar vivo hoje. Apesar de tudo o que aconteceu, ergo as mãos para o céu e peço a Deus mais vida e saúde para eu conseguir [voltar] trabalhar um dia”, finalizou.
Comovidos e interessados em ajudar Daniel Sales, doações em qualquer valor podem ser doadas via PIX pelo telefone (65) 9 9250-5075. Já donativos podem ser entregues diretamente na casa em que mora, na avenida Brasil, qd 14, nº19, bairro Joaquim Augustinho Curvo, em Várzea Grande. O ponto de referência é o Univag.
Por JOLISMAR BRUNO