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Barão da Soja é processado por “esconder” herança de filho fora do casamento

O empresário Eraí Maggi Scheffer, um dos mais influentes produtores brasileiros, é alvo de um processo na justiça de Mato Grosso movido por um filho que teve fora do casamento, em 1990, com uma das cozinheiras das fazendas de sua família. A informação é do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

Conforme o colunista, Eraí chegou a reconhecer a paternidade de Renato Cardoso Lima Scheffer em 2020, após um teste de DNA. Contudo, Renato decidiu processar o pai por desconfiar que ele esteja dividindo em vida a herança apenas com os filhos que teve com a esposa, Marilene Trento Scheffer.

A ação foi movida em dezembro e cobra uma perícia contábil, econômica e financeira para expor a evolução patrimonial de Eraí e dos outros requeridos. Se for aceita pela Justiça, os advogados de Renato poderão fazer uma verdadeira devassa no Grupo Bom Futuro, fundado por Eraí e os irmãos e que hoje é responsável pela produção de 600 mil hectares de soja e algodão, além de 130 mil cabeças de gado.

O grupo Bom Futuro tem um capital social avaliado em R$ 1,5 bilhão. Já a holding EMK2A, que administra o patrimônio da família, tem capital social de R$ 1,2 bilhão.

Renato Cardoso Lima Scheffer trabalha como motorista na cidade de Nova Olímpia (204 km de Cuiabá). Ele alega no processo que foi abandonado pelo pai, com quem não teve nenhum contato ao longo da vida. Após o reconhecimento da paternidade, feito por um procurador, Renato recebeu R$ 250 mil para comprar um imóvel, além de uma pensão mensal de R$ 12.500 pelo período de cinco anos.

Segundo a legislação brasileira, 50% do valor de heranças seja dividido entre os herdeiros necessários do morto.

Procurado pela coluna do jornalista Guilherme Amado, Eraí Maggi disse que a sua relação com o filho é “100%”, que inclusive se ofereceu para custear seus estudos em São Paulo, mas que ele não quis. Disse que fala com a mãe de Renato “quase todo dia” e que “o dele está preservado”.

A defesa de Renato Cardoso Lima Scheffer não quis se pronunciar.

Por APARECIDO CARMO

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