A ação faz parte do Projeto de Reintrodução das Ararinhas-Azuis (Cyanopsitta spixii), que tem como objetivo devolver a espécie ao seu habitat natural, na região de Curaçá, na Bahia.
Araras-Azuis chegam ao Brasil para serem reintroduzidas na natureza
O Brasil recebeu recentemente 41 araras-azuis repatriadas da Alemanha, como parte do Projeto de Reintrodução das Ararinhas-Azuis (Cyanopsitta spixii). O objetivo da iniciativa é devolver essas aves à natureza, especificamente à região de Curaçá, na Bahia, onde elas viverão em uma área protegida.
A chegada das aves ao Brasil foi acompanhada por uma equipe do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária. O Vigiagro é responsável por garantir a segurança sanitária da operação, prevenindo a introdução de doenças exóticas, como a Gripe Aviária, no território brasileiro.
Após o desembarque no aeroporto de Petrolina, em Pernambuco, as araras foram encaminhadas para um período de quarentena, onde passaram por um processo de microchipagem, facilitando o acompanhamento da saúde e movimentação das aves. Além disso, a documentação das aves foi rigorosamente verificada, com a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) e a inspeção das bagagens e resíduos da aeronave.
Essa ação é fruto da colaboração entre diversas entidades, como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro). Esses órgãos foram responsáveis pela preparação da quarentena e pela correta destinação dos resíduos da operação.
O Projeto de Reintrodução das Ararinhas-Azuis já repatriou outras aves anteriormente. Em 2020, 52 exemplares foram trazidos ao Brasil com o mesmo objetivo de reintrodução em áreas protegidas. As aves agora em solo brasileiro, que nasceram em cativeiro na Europa, representam um passo importante na continuidade dessa parceria internacional, que visa garantir a sobrevivência e o crescimento da população da ararinha-azul, espécie que esteve extinta na natureza até recentemente.
Com o apoio de diversas instituições, o projeto continua seu trabalho de preservação, buscando reverter o risco de extinção da espécie e promover a reprodução e soltura das aves no ambiente natural da Bahia.
Fonte: VNG