O cumprimento dos compromissos atuais para a redução das emissões de gases de efeito estufa pode evitar 57 dias extras de calor extremo por ano, em comparação com um mundo sem o Acordo de Paris para conter as mudanças climáticas, indicou um relatório da Atribuição Climática Global (WWA, na sigla em inglês) e da organização de pesquisa americana Climate Central divulgado nesta quinta-feira (16/10).
Apesar de ser a forma mais mortal de clima extremo, o calor é muitas vezes ofuscado por ameaças mais catastróficas, como enchentes e tempestades. Porém, mesmo pequenos aumentos de temperatura podem causar grandes danos a plantas, animais e humanos.
As mudanças climáticas estão tornando as ondas de calor ainda mais intensas e prováveis. Todos os anos, o calor causa meio milhão de mortes, e o aumento das temperaturas está levando ecossistemas críticos, como os recifes de corais, à beira do colapso.
Neste cenário, aumentar os cortes de emissões para atingir as metas do Acordo de Paris faria uma diferença crucial no que diz respeito ao calor para muitas comunidades ao redor do mundo, segundo o relatório. “Ainda não estamos vendo a ambição máxima, e isso é obviamente um problema enorme”, disse a climatologista Friederike Otto, ligada à WWA. “É um problema que será pago com as vidas e os meios de subsistência das pessoas mais pobres do mundo, em todos os países.”
Por Deutsche Welle




