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Alvo da Ragnatela volta à mira da polícia: celulares entravam na PCE como se fossem de policiais

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Um dia depois de ser alvo da ‘Operação Ragnatela’, o policial penal Luiz Otavio Natalino, o ‘AG’, voltou à mira das autoridades na ‘Operação Caixa de Pandora’, nesta quinta-feira (6). ‘Figurinha carimbada’ para as autoridades, ele é acusado de facilitar a entrada de celulares para detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE). Relatório da Ragnatela, inclusive, traz prints atribuídos a ‘AG’ em que ele explica esquema de contrabando de celulares como se fossem aparelhos pessoais de policiais penais. Além dele, a advogada Fabiana Félix, presa no âmbito da ‘Operação Apito Final’, que investigou núcleo ligado ao tesoureiro do Comando Vermelho, Paulo Witer Farias, o ‘WT’, foi alvo da Caixa de Pandora. 

Além da dupla, a advogada Elvira Kelli de Almeida Cruz, presa tentando entrar com 24 celulares e mais de 200 chips na PCE em 2014, também foi alvo da ação. Na época, ela afirmou que os celulares, chips e carregadores não pertenciam a ela e que armaram o caso para tentar incriminá-la.

Preso em 2019 sob a mesma acusação, o ex-diretor da PCE, Revétrio Francisco da Costa, também consta na lista de investigados da ‘Caixa de Pandora’. Há quatro anos, o ex-diretor teria facilitado a entrada de um freezer ‘recheado’ de celulares na unidade prisional. Agora, os policiais descobriram indícios de que os envolvidos no esquema de contrabando continuavam usando o mesmo modus operandi. 

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) criticou a atuação do Gaeco por não informar à entidade sobre a ação envolvendo os advogados e refutou a tese de que os alvos tenham entregado celulares a detentos durante visitas no parlatório, já que não há contato físico entre advogado e cliente nessas ocasiões. 

Já a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que apoia a ação do Gaeco e aguarda as informações para definir e adotar medidas administrativas imediatas quanto aos servidores envolvidos nos fatos.

Por RAYNNA NICOLAS