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‘A dor é muito grande’, diz professora agredida com chute no rosto por aluno

A Secretaria de Estado de Educação informou que o estudante foi apreendido e encaminhado à DPCA

Uma professora de um Ciep (Centros Integrados de Educação Pública) no Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro, foi agredida por um aluno com um chute no rosto, em meio à retomada das aulas após as paralisações que pediram reajustes salariais para os profissionais da educação do estado.

A vítima, que prefere não se identificar, contou que, no último dia 26, o adolescente entrou na sala e a acusou de ser a responsável pela expulsão dele da unidade de ensino. Naquele dia, o estudante ameaçou agredir a professora, mas foi segurado por um colega.

Diante do caso, a unidade chamou a responsável pelo adolescente para uma reunião, a fim de explicar que o aluno havia sido cancelado do sistema pelo número de faltas no primeiro bimestre.

“A mãe estava na reunião. Ela entendeu que o filho estava agindo errado, que ele estava faltando à escola, e ela não sabia. Ela pediu para conversar com o aluno, porque ele não estava entendendo o que estava acontecendo. O aluno entrou na sala. Ele ouviu todas as explicações e, no momento em que a diretora-adjunta foi fazer a matrícula dele em outra escola, ele se levantou e chutou o meu rosto. Eu ainda estava sentada. Não vi [a agressão], porque eu estava olhando lateralmente para a diretora. Só senti a pancada. Quando olhei, ele estava vindo para cima de mim, e a mãe o segurou”, relatou a vítima.

Abalada, a professora foi à delegacia, passou por exame no IML (Instituto Médico-Legal) e registrou o caso. Desde o ocorrido, ela não sai mais de casa nem tem conseguido se alimentar nem dormir.

“O sentimento é de luto. É como se grande parte de mim tivesse morrido. Mesmo porque, quando me olho no espelho, não estou conseguindo me enxergar. Sou uma pessoa superpositiva. Sempre entro na sala brincando com os alunos, abraçando, acarinhando, mas estou me olhando no espelho e vendo um olho preto, sem luz, sem esperança. Estou sem chão, perdida. É como se fosse um luto realmente, como se parte da minha alma tivesse morrido. É uma dor muito grande”, desabafou.

A Secretaria de Estado de Educação informou que o aluno foi apreendido e encaminhado à DPCA (Delegacia de Proteção ao Adolescente), enquanto a professora recebeu atendimento médico.

Em relação às críticas sobre a falta de estrutura para controlar a portaria da escola, a secretaria disse que a entrada do menor foi autorizada porque ele estava acompanhado da mãe.

A pasta informou que o caso foi “incluído no banco de dados do Registro de Violência Escolar, ferramenta que mapeia casos de violência, racismo, discriminação e bullying e tem o objetivo de nortear ações pedagógicas que previnam tais práticas e promovam a defesa dos direitos da criança e do adolescente, além de contribuir para a segurança em sala de aula e informar as autoridades”.

Fonte: R7

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