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sábado, dezembro 13, 2025
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Após discurso em que cobrou Lula sobre a Enel, Nunes reclama pessoalmente com presidente: ‘Estão sofrendo’

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), apelou diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por auxílio diante da crise no fornecimento de energia elétrica causada pela Enel.

O pedido ocorreu durante evento público realizado em Osasco, na Região Metropolitana, nesta sexta-feira (12), dias após um vendaval deixar centenas de milhares de imóveis sem luz na capital e em cidades vizinhas.

“Eu espero que na segunda-feira (14), presidente, a gente não tenha ainda a cidade de São Paulo com a Enel. O senhor precisa nos ajudar nisso. Não está fácil”, disse Nunes durante discurso. Na plateia, Lula sorriu.

Após a cerimônia, o prefeito e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aproximaram-se do presidente.

Durante a conversa, Nunes apresentou reportagens sobre a falta de energia e mencionou cerca de 500 mil unidades consumidoras afetadas. Prefeito e governador, então, insistem na cobrança.

No fim, o prefeito faz um último pedido ao presidente. “Desculpa te perturbar com isso, mas eu sei que o senhor se preocupa com o povo igual a gente se preocupa. Eles estão sofrendo”, diz na despedida.

Em meio ao diálogo, ainda que de forma fragmentada, Lula citou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com quem Nunes e Tarcísio têm trocado farpas.

Pedido de intervenção federal

Na véspera, Tarcísio defendeu publicamente uma intervenção federal na concessionária. Para o governador, a medida representaria o único caminho viável diante da incapacidade operacional apresentada pela Enel após o temporal. Ele avaliou como insuficiente o plano de contingência adotado pela distribuidora.

O posicionamento recebeu resposta do Ministério de Minas e Energia. Em nota, Alexandre Silveira criticou a postura do governo estadual e da Prefeitura paulistana, apontando politização do episódio. Segundo o ministro, a prioridade do Executivo federal permanece concentrada na recomposição do fornecimento com segurança e rapidez.

O vendaval registrado na capital paulista entrou para os registros meteorológicos como o mais intenso da série histórica. Na Lapa, zona oeste, as rajadas atingiram 98 km/h.

Em Congonhas, os ventos chegaram a 96 km/h. O impacto também atingiu o setor aéreo, com mais de 300 voos cancelados nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos.

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