Família denuncia que criança passou por frenectomia não autorizada em SP
O caso foi registrado como lesão corporal no 62º Distrito Policial. Nesta sexta-feira (5), a família relata que o bebê consegue mamar um pouco mais, mas ainda enfrenta dificuldade para engolir. “Ainda não acredito no que aconteceu. Choro muito, não durmo direito e fico o tempo todo acompanhando se ele está bem”, disse Bruna.
A mãe conta que só soube da frenectomia quando o filho voltou do centro cirúrgico. A médica responsável entregou uma receita, orientou sobre medicações e explicou que gazes deveriam ser usadas em caso de sangramento.
Em seguida, Bruna percebeu que o bebê seguia com os dedos extras nas mãos e relata que a profissional demonstrou confusão ao perguntar novamente o nome completo da criança. Havia, segundo ela, outro paciente com o mesmo nome aguardando atendimento.
Depois do equívoco, a médica teria alegado que a equipe avaliou ser necessário realizar também a frenectomia. A família, no entanto, acredita que houve troca de prontuários, já que o menino nunca apresentou problemas de língua ou dificuldades para mamar em avaliações anteriores.
A retirada dos dedos extras foi feita posteriormente, após o bebê ser levado de volta ao centro cirúrgico.
A SSP-SP informou que requisitou perícia e orientou a mãe sobre o prazo para formalizar representação criminal, o que ainda não havia sido feito até a manhã desta sexta-feira (5). Bruna levou o filho ao IML no mesmo dia do ocorrido, onde foi realizado exame de corpo de delito.
A família também registrou reclamação na Ouvidoria do SUS e diz possuir áudios da médica e da diretora do hospital que comprovariam o erro.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que a equipe de cirurgia pediátrica identificou a necessidade da frenectomia, além da cirurgia dos dedos. Segundo a pasta, ambos os procedimentos ocorreram sem intercorrências, e o bebê recebeu alta no mesmo dia, com quadro clínico estável.
Fonte: TNOnline




