O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) aparece como o nome mais rejeitado entre os possíveis candidatos à Presidência da República em 2026, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (9). O levantamento revela que 68% dos entrevistados afirmam conhecer e não votar em Eduardo, enquanto 20% dizem que votariam e 12% não o conhecem.
A rejeição ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro vem crescendo de forma contínua ao longo do ano.
Em janeiro, 55% dos brasileiros disseram que não votariam nele. O índice subiu para 56% em março e maio, chegou a 57% em agosto e agora disparou para 68%, marcando o pior resultado do deputado desde o início das medições.
Eduardo Bolsonaro, que vive nos Estados Unidos desde fevereiro, tem se afastado dos debates políticos nacionais e das atividades no Congresso. O isolamento parece refletir no humor do eleitorado, que associa sua ausência à falta de compromisso com os problemas do país.
Analistas apontam que o crescimento da rejeição é também reflexo do desgaste da marca “Bolsonaro”, especialmente após o avanço das investigações sobre o entorno do ex-presidente e o recuo político do bolsonarismo em estados-chave.
Com o resultado, Eduardo passa a ser visto por especialistas como um entrave eleitoral dentro do próprio PL, partido que tenta reorganizar sua estratégia para 2026 diante da perda de popularidade do clã Bolsonaro.
Se o cenário se mantiver, Eduardo Bolsonaro corre o risco de se tornar um símbolo da fadiga do bolsonarismo, que, pela primeira vez em anos, parece enfrentar uma rejeição tão consolidada quanto o apoio de seu núcleo mais fiel.
Por Edésio Adorno




