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sexta-feira, setembro 12, 2025
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Clínica de transplante capilar Stanley’s é interditada em Cuiabá

A clínica capilar Stanley’s Hair Institute, interditada pela Vigilância Sanitária de Cuiabá em maio de 2024, continua realizando consultas e transplantes capilares em outro endereço da capital. Oficialmente, a unidade localizada na Avenida Dom Bosco permanece fechada, mas a empresa passou a atender pacientes na Avenida Isaac Póvoas, mesmo sem autorização para funcionamento.

Por conta disso, o novo endereço foi interditado novamente na quarta-feira (3) pela Polícia Civil e agentes da Vigilância Sanitária. A ação ocorreu após fiscais apontarem uma série de irregularidades consideradas graves e de risco à saúde. Entre elas, estavam a ausência de alvará sanitário, a não apresentação de certificado de responsabilidade técnica de médico e enfermeiro, medicamentos vencidos e inexistência de equipamentos de saúde com manutenção adequada.

O relatório da inspeção também apontou problemas estruturais e de higiene, como o uso de tapetes de uso veterinário para absorver sangue de procedimentos, falhas na esterilização de instrumentos e ambientes adaptados como salas cirúrgicas sem atender às normas técnicas. Depósitos desorganizados, aparelhos sujos e resíduos hospitalares mal acondicionados também foram registrados.

Em razão das falhas, a clínica foi multada em R$ 197 mil e recebeu prazo de 60 dias para apresentar um novo projeto arquitetônico, que chegou a ser protocolado, mas foi reprovado pela Vigilância.

Após a inspeção sanitária, a equipe constatou que o estabelecimento estava funcionando em desacordo com legislações e normas técnicas vigentes, podendo comprometer a qualidade dos serviços prestados aos usuários”, aponta o documento.

Registro cassado

Conforme apurado pela reportagem, a rede Stanley’s Hair atua em 27 cidades e 16 estados. Seu proprietário, o médico Stanley Bittar, teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), após processo ético movido por uma paciente. A cassação impede que ele exerça legalmente a profissão, mas o nome segue vinculado às unidades espalhadas pelo país.

Documentos obtidos pela reportagem ainda indicam que a unidade de Cuiabá não apresentou o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) dos funcionários, não possui comissão de controle de infecção e mantém equipe de higienização sem registro de capacitação.

Por GUSTAVO CASTRO

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