O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), pediu baixa do Exército.
A informação foi revelada pelo advogado Jair Alves Pereira durante a defesa do militar no julgamento do plano de golpe, que começou nesta terça-feira (2) no STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo apurou a redação Cid apresentou o pedido no dia 4 de agosto. Como não tem 35 anos de carreira, o tenente-coronel solicitou para ser enquadrado na “quota compulsória”, ou seja receber proporcionalmente pelo tempo que prestou serviço.
O pedido de Mauro Cid ainda está sendo analisado por uma comissão do Exército, que checa a conveniência de aceitar o desligamento. Só após essa avaliação é que o requerimento segue para o comadante do Exército, general Tomás Paiva, que terá a palavra final. Não há prazo para a decisão.
Só depois disso o requerimento seria encaminhado ao comadante do Exército, general Tomás Paiva, que dará a palavra final sobre a saída de Cid da Força. Não há prazo para a decisão final.
Durante sua fala, Jair Alves Pereira, que compõe a equipe de advogado Cezar Bittencourt, disse que “ser ajudante se ordens só atrapalhou a vida de Cid”.
Ao defender a validade de colaboração e os benefícios do acordo premiado assinado pelo militar, Jair Alves Pereira alegou que o militar se expôs, se afastou de familiares e amigos, perdeu a “carreira militar que era um sonho” e destacou que “ser ajudante se ordens só atrapalhou a vida de Cid”.
A colaboração de Mauro Cid é contestada pela defesa de outros réus, especialmente de Jair Bolsonaro e do general Walter Braga Netto. A defesa refuta as contradições citando pressão externa e abalo psicólogico de Cid, mas ressaltando que isso não comprometeu o acordo.