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Suspeito de lavar R$ 65 milhões para o CV, W.T. recorre ao STJ para deixar prisão

A defesa de Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como “W.T.” e apontado como tesoureiro do Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso, protocolou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) recurso para tentar revogar sua prisão preventiva. Preso desde abril deste ano, ele foi o principal alvo da Operação Apito Final, deflagrada pela Polícia Civil, que desmantelou um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que W.T. teria movimentado cerca de R$ 65,9 milhões da facção, utilizando a compra de imóveis e veículos de luxo para lavar recursos ilícitos.

No recurso, a defesa alega que a prisão foi decretada com base em “presunções frágeis”, sem comprovação de vínculo jurídico do acusado com um apartamento em Itapema (SC) citado no processo. O advogado Sérgio Ricardo de Figueiredo Menezes sustenta que parte dos fatos atribuídos a W.T. teria ocorrido quando ele já estava preso, e que não há provas de participação direta em crimes antecedentes.

O pedido também argumenta que não foram demonstrados riscos concretos à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal, como destruição de provas ou ameaça a testemunhas. A defesa afirma ainda que o acusado não possui antecedentes compatíveis com a suposta periculosidade atribuída a ele e que as provas são baseadas em “interpretações subjetivas de fotos e vínculos sociais”.

O documento ressalta que manter W.T. preso preventivamente viola o princípio constitucional da presunção de inocência e que medidas cautelares alternativas, como comparecimento periódico em juízo, proibição de contato com investigados e restrição de deslocamento, seriam suficientes para garantir o andamento do processo.

O STJ ainda não decidiu sobre o pedido. Enquanto isso, Paulo Witer segue detido preventivamente no âmbito da ação penal que tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

Por Rojane Marta

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