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terça-feira, agosto 12, 2025
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‘Cada semana, ele escolhe um país para tratar como desafeto’, diz ministro sobre ações de Trump

O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro (PSD), criticou as recentes medidas políticas e econômicas tomadas pelo presidente norte-americano Donald Trump. Avalia que os Estados Unidos têm menosprezado nações na sua forma de tratar as relações comerciais e desafia a soberania de diversos países. Fávaro ainda reiterou posicionamento anterior de busca pelo diálogo e abertura a novos mercados para contornar os efeitos do “tarifaço” sobre produtos brasileiros.

“O governo norte-americano mudou as tratativas políticas com o mundo, não só com o Brasil. A cada dia, a cada semana, ele escolhe um país para tratar como desafeto. Não é uma simples negociação comercial tarifária. Ele desdenha do país. Ele falou que vai incorporar o Canadá como um estado americano. Ora, e a soberania do Canadá? Depois o Alasca. Ele briga aqui e acolá. Mas isso é menos relevante, o que interessa para nós é estar aberto ao diálogo, repactuar aquilo que for possível, garantindo a soberania nacional. Tem coisas que são intocáveis e a soberania nacional e a nossa democracia são fundamentais”, disse nesta segunda-feira (11).

Segundo o ministro, o fato dos Estados Unidos terem recuado da taxação de produtos vistos como essenciais por eles, como suco de laranja, madeira e itens que integram a lista de quase 700 já é um avanço e que o Brasil tem articulado negociações com outros países para contornar a taxação norte-americana.

“O ministro Haddad tem, durante essa semana, negociações avançadas, o vice-presidente Geraldo Alckmin está pessoalmente cuidando disso e nós ministros das áreas afetadas estamos dialogando com os empresários. Já tem medidas tomadas do governo federal para minimizar os impactos. Isso será feito, primeiro, medidas transversais para todos os setores afetados. Numa segunda fase, já em implementação, é específico para as empresas”, exemplifica.

Fávaro menciona que ainda serão analisadas as demandas de cada setor do comércio e da indústria e reiterou que o governo deve lançar linhas de crédito e programas para manutenção de empregos.

Referente a venda da carne bovina brasileira, um produto de grande preocupação em relação às exportações, Fávaro garantiu que os países asiáticos já têm demonstrado interesse em negociar com o Brasil para absorver a demanda.

“É um trabalho que nós já vínhamos fazendo. O governo chegou, na semana passada, a 400 novos mercados abertos para os produtos da agropecuária brasileira, que agora com esse advento só intensificamos. Vamos procurar abrir mais mercados e habilitar mais plantas para os mercados abertos. Isso dá um novo direcionamento. […] Carne bovina é muito importante para os Estados Unidos, mas vamos ampliar as habilitações para o Vietnã, que esperávamos abrir há 20 anos e foi aberto em março. Vamos ampliar as plantas para vender para o Vietnã. Abrimos o mercado de número 400, carne bovina e miúdos para as Filipinas. Vamos ampliar também com o Filipinas, vamos ampliar com a China e dar opção aos empresários brasileiros”, reforçou.

Por Mariana Lenz

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