Uma brasileira foi presa pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE), em um bairro de Worcester, cidade de Massachusetts, na última quinta-feira (8). Em um vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver moradores da vizinhança tentando impedir que a mulher fosse levada pelos agentes.

O vídeo foi compartilhado pela deputada federal Duda Salabert (PDT-MG). Segundo ela, a brasileira foi presa com brutalidade para ser deportada e a filha dela, que tem 16 anos, chegou a cair com um bebê no colo em meio à confusão.

O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) alega que a brasileira presa é uma criminosa e que foi detida por “agressão e violência com arma perigosa”. Segundo eles, ela estava no país ilegalmente desde agosto de 2022.

Já de acordo com o Departamento de Polícia de Worcester, quando uma equipe chegou ao local já havia uma “cena caótica”, enquanto agentes do ICE tentavam deter a mulher. A corporação afirmou que os moradores que protestavam relataram que o Serviço de Imigração se recusava a mostrar o mandado de prisão.

“Os agentes federais haviam colocado essa mulher sob custódia e estavam tentando sair em um veículo. A multidão estava desordenada, e várias pessoas estavam colocando as mãos nos agentes federais e nos policiais de Worcester na tentativa de impedir que o veículo e a presa saíssem”, escreveu o departamento, em comunicado.

O órgão ainda afirmou que a adolescente com o bebê no colo chegou a se colocar em frente ao carro da polícia e a chutar o veículo. Ela foi detida acusada de colocar a criança em perigo e tentar impedir a prisão.

Outra mulher, de 38 anos, foi presa por empurrar e jogar líquido em policiais que tentavam prender a jovem de 16 anos, ainda segundo o departamento, que disse também que o “incidente caótico está sob investigação”. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse que, “por meio do Consulado-Geral do Brasil em Boston, tem ciência do caso e está em contato com os familiares da brasileira, a quem presta assistência consular, e com as autoridades locais”.

Por Lara Curcino