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Empresária cita alergias e reclama de condições de presídio, mas juiz nega liberdade

Reprodução

Juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou um pedido da empresária Taiza Tosatt Eleotério, que buscava a concessão de prisão domiciliar argumentando que as condições da unidade prisional onde está custodiada seriam inadequadas para suas alergias graves e recorrentes. O magistrado considerou que ela tem recebido todo o atendimento necessário no presídio e não há motivos para que troque de regime.

Taiza foi alvo da Operação Cleópatra, que mirou um esquema de pirâmide financeira, que causou prejuízo de R$ 2,5 milhões às vítimas. A empresária foi presa em outubro de 2024 no aeroporto de Sinop, quando desembarcava de uma viagem que fazia para a região nordeste do país.

A defesa de Taiza entrou com pedido de concessão de prisão domiciliar, se queixando das condições da unidade prisional onde ela está presa, que não seriam adequadas para o tratamento dela.

Em sua manifestação o Ministério Público afirmou que não há comprovação de que o presídio é incapaz de oferecer o tratamento adequado, além de não existirem elementos que justifiquem a substituição da prisão preventiva.

Ao analisar o caso o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra pontuou que, apesar de estar comprovado que Taiza é portadora de asma e alergias, este fato não é suficiente para a concessão de prisão domiciliar, isso porque não há provas de que ela não está recebendo o tratamento que necessita no presídio.

“Embora existam indícios de que a ré apresente condição de saúde que exige atenção especial, há nos autos comprovação suficiente de que a unidade prisional onde se encontra custodiada é capaz de oferecer o tratamento necessário (…). A Cadeia Pública Feminina de Colíder, (…) explicitou que ela se encontra em cela compatível com suas necessidades de saúde e que vem obtendo toda a assistência necessária”, destacou o juiz.

O magistrado ainda apontou que foram juntadas aos autos fichas de atendimento que indicam que todas as vezes que teve um agravamento na saúde, Taiza foi prontamente encaminhada para atendimento médico.

“Não há elementos nos autos que indiquem mudança nas circunstâncias que motivaram a manutenção da custódia preventiva. Dessa forma, à míngua de comprovação da ausência de assistência necessária no estabelecimento prisional e da modificação das razões que fundamentaram a prisão preventiva, o pedido de concessão de prisão domiciliar deve ser indeferido”, decidiu o juiz.

Operação Cleópatra


Taiza Tosatt Eleoterio da Silva, proprietária da “DT Investimentos”, estava sendo investigada por golpes financeiros. Como a polícia destacou, nas redes sociais, ela se mostrava como pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.

Além de Taiza, a Delegacia do Consumidor cumpriu buscas contra o ex-policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, 45, e o cirurgião-geral Diego Rodrigues Flores, 32.

Com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.

As vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas. Ao solicitarem a devolução dos valores investidos, a empresária inventou desculpas até deixar de responder completamente às vítimas.

O ex-policial federal, que foi casado com a investigada, era o gestor de negócios da empresa e o médico atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso, que destruiu o planejamento familiar de dezenas de vítimas, inclusive de amigos e familiares dos investigados.

Fonte: GD

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