Carlos Alberto teria se envolvido em briga com detento e penitenciária pediu transferência
A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve o empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, filho do ex-deputado Carlos Bezerra (MDB), preso em cela especial no presídio da Mata Grande, em Rondonópolis (a 220 km de Cuiabá).
A defesa havia entrado com um habeas corpus para manter o empresário na penitenciária, após a direção do local pedir sua transferência para a Penitência Central do Estado (PCE), em Cuiabá, para uma cela comum. Ele teria se envolvido em uma briga com um faccionado.
A determinação é do último dia 5 de setembro. Integram a segunda Câmara os desembargadores Pedro Sakamoto, Rui Ramos, José Zuquim Nogueira e Luiz Ferreira da Silva.
Carlos Alberto é réu pelo assassinato da ex-namorada, a servidora pública Thays Machado, e do namorado dela, William Cesar Moreno, em 18 de janeiro no Bairro Consil, em Cuiabá. Por conta disso, a Justiça determinou que ele vá a júri popular, ainda sem data marcada.
Os magistrados mantiveram o entendimento do desembargador Pedro Sakamoto, que em 21 de julho entendeu por não transferir o empresário. Sakamoto apontou que a transferência de Carlos Alberto também poderia atentar contra sua integridade física, posto que ele já havia sido detido na unidade e relatado ameaças.
“Ele foi transferido desta Comarca para aquela, porque aqui, ao que transparece, poderia ocorrer prejuízo a sua integridade física, de modo que não me parece adequado, de plano, determinar o seu retorno para a mesma unidade prisional”, disse Sakamoto à época.
O crime
Os assassinatos ocorreram em frente ao edifício Solar Monet, no Bairro Consil, no dia 18 de janeiro.
Thays Machado e seu namorado, Willian Moreno, foram até o edifício, onde mora a mãe da advogada, para deixar um veículo na garagem.
Ao sair na portaria para aguardar a chegada de um veículo de transporte por aplicativo, as vítimas foram surpreendidas pelo assassino, que conduzia um Renault Kwid, e passou a fazer os disparos contra o casal, que morreu ainda no local.
Thays foi atingida por três disparos, sendo dois nas costas e um na altura do quadril. Willian foi atingido com três disparos no peito e um no braço.
Bezerra foi preso horas depois do crime e confessou à Polícia ter cometido os assassinatos. Ele namorou Thays por dez anos, até ser rejeitado.
A Justiça de Mato Grosso determinou que Carlinhos vá a júri popular pelo duplo homicídio.
A decisão é da juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da Primeira Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
Fonte: Midia News