O governo dos Estados Unidos está trabalhando em conjunto com as gigantes tecnológicas Amazon e Google, além da Best Buy, empresa de eletrônicos, na criação de um novo programa de certificação para elevar o nível de segurança cibernética de diversos produtos contra ataques hackers. Entre eles, geladeiras, micro-ondas, televisões e sistemas de controle climático, por exemplo.
O objetivo da Casa Branca é tornar esses dispositivos menos vulneráveis a ataques cibernéticos. Varejistas e fabricantes aplicarão o logotipo “U.S. Cyber Trust Mark” para identificar os produtos.
O programa entrará em funcionamento em 2024. Segundo o governo do país, a iniciativa visa garantir que “nossas redes e o uso delas sejam mais seguros, porque são muito importantes para a segurança econômica e nacional”.
Estratégia cibernética nacional dos EUA
- O tema é motivo de preocupação nos Estados Unidos.
- Em março deste ano, a Casa Branca lançou uma estratégia cibernética nacional.
- As autoridades americanas pediram para que os fabricantes de software e outras empresas assumissem uma responsabilidade maior para garantir que seus sistemas não possam ser hackeados.
- A estratégia ainda prevê uma abordagem mais agressiva de “hack-back”, que permite hackear de volta o hacker para frustrar um ataque cibernético, recuperar dados ou identificar o invasor.
- A iniciativa está dividida em cinco pilares: defesa da infraestrutura crítica, desmantelamento de operadores de ameaças, moldagem das “forças do mercado” para impulsionar a segurança e a resiliência, investimento em um futuro resiliente e formação de parcerias internacionais para buscar objetivos compartilhados.
- Além disso, as autoridades do país aumentaram os investimentos em agências como o Federal Bureau of Investigation, uma unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e o Departamento de Defesa para interromper as atividades de hackers e grupos de ransomware em todo o mundo.
Ataque de hackers chineses
- Na quarta-feira (12), a Casa Branca confirmou que hackers baseados na China obtiveram acesso aos e-mails de cerca de 25 organizações, incluindo pelo menos duas agências do governo, por meio de uma vulnerabilidade nos sistemas da Microsoft.
- Os responsáveis foram identificados como Storm-0558 , um grupo que usa principalmente espionagem, acesso a credenciais e roubo de dados para atingir agências governamentais na Europa Ocidental.
- “No mês passado, as salvaguardas do governo dos EUA identificaram uma invasão na segurança da nuvem da Microsoft. Os funcionários imediatamente contataram a Microsoft para encontrar a fonte e a vulnerabilidade em seu serviço de nuvem. Continuamos a manter os fornecedores de compras do governo dos EUA em um alto limite de segurança”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adam Hodge.
- Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, não confirmou o ataque hacker, mas acusou os EUA de serem “o maior império de hackers do mundo e ladrão cibernético global”.
Com informações de Reuters.